Negócio x Política

Dono do Madero se diz arrependido de ter apoiado Jair Bolsonaro e ter criticado a quarentena durante a pandemia da Covid-19

Ele chegou a afirmar que o país não podia parar por "cinco ou sete mil mortes".

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O empresário Luiz Renato Durski Junior, presidente do Grupo Madero - Foto: Reprodução

O empresário Luiz Renato Durski Junior, presidente do Grupo Madero, afirmou em entrevista ao jornal "O Globo", que se arrepende de ter apoiado Jair Bolsonaro e ter criticado a quarentena durante a pandemia da Covid-19.

"Se me perguntar: "Faria de novo?". Não, eu iria seguir a recomendação do meu avô e tocar a vida. A torcida é muito grande para que tudo dê muito certo. E naquilo que a gente puder ajudar é o que tem de acontecer. O Brasil é um país maravilhoso, forte, com um povo muito trabalhador, uma potência mundial em trabalho, em território, que é abençoado. Já passamos por tanto. Está difícil, mas nunca foi fácil", afirmou.

O empresário aponta que deveria ter seguido o conselho de seu avô que sempre falou para não se misturar com política. "Junior, quem abriu comércio não tem candidato, não tem político. Não pode tomar partido porque para o negócio não é bom", revelou ele, lembrando as palavras do familiar.

Ainda em entrevista, o empresário confirmou que, no segundo trimestre do ano passado, sua empresa apresentava uma dívida bruta próxima de R$ 1 bilhão, entretanto, ele minimizou que a declaração durante a pandemia e o apoio ao candidato derrotado foram os responsáveis diretos por afetar o negócio.

"Para o negócio, não foi nem bom nem ruim. Não teve efeito prático. Se todo mundo diminuiu a venda, como saber? E eu estava ali me culpando por ter prejudicado a companhia porque falei. Aí fomos ver nossas vendas nas mesmas lojas por região. Ficou evidente: São Paulo, ruim. Rio, horrível. Sul do Brasil, muito positivo. Centro-Oeste, muito bom. Quando fomos para o Nordeste, o maior resultado foi na Bahia. Salvador é o maior de todo esse momento. Aracaju era o segundo maior. Fortaleza era ruim. Se era para ter vendas nas mesmas lojas com um efeito porque era mais Lula ou Bolsonaro, então aonde o Lula é mais forte deveria ter caído, mas a Bahia foi o maior (ganho) dele e o maior nosso", apontou

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