Autoridades de direita e de esquerda condenaram a agressão sofrida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em um aeroporto, em Roma. Segundo informações divulgadas por veículos de imprensa, o magistrado foi hostilizado na capital italiana por três brasileiros e seu filho chegou a ser agredido com um soco no rosto.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi um dos primeiros a se manifestar sobre o caso e chamou os autores da hostilização de "extremistas".
Pacheco usou a mesma plataforma para condenar o ato. Ele considerou "inaceitável" a agressão sofrida pelo magistrado e sua família e afirmou que tal comportamento distancia do país do progresso.
Vários outros parlamentares se manifestaram. Gleisi Hoffmann, deputada e presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), afirmou que o "ataque a Alexandre de Moraes e sua família é deplorável".
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse ser "inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas".
Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que atribui ao STF a competência para julgar ações antidemocráticas, afirmou que tentará votar o texto em agosto.
"A agressão de ogros contra Alexandre de Moraes mostra que é hora de punir os crimes de ódio, alguns já tipificados. Vamos enquadrar a intolerância política, como propus no "pacote da Democracia". Vou procurar o relator Veneziano do Rego e o Presidente para votarmos em agosto".
Já o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que tem "diferenças e discordâncias" com a atuação de Moraes, mas afirmou repudiar "essa forma irracional de manifestação".
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou que "nada justifica ataques ou abordagens pessoais agressivas" contra Moraes.
o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) disse que "lamentar" o episódio. "Nada justifica uma agressão, seja ela verbal ou física. Eu já sofri e ainda sofro ataques desse tipo Ministro, e sei como é constrangedor", afirmou.
O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse: "Não permitiremos que cenas como essa se tornem rotina".