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Felipe Neto detalha ameaças e plano de fuga para evitar execução

De acordo com ele, assumir publicamente ser contra Jair Bolsonaro teve consequências.

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O youtuber Felipe Neto em entrevista ao podcast PodPah - Foto: Reprodução

O youtuber Felipe Neto expôs em entrevista ao podcast PodPah, nesta terça (10/10), o peso emocional e as consequências de se posicionar politicamente contra Jair Bolsonaro. Desde 2018, quando começou a criticar o então candidato à presidência, Neto enfrenta ameaças que o levaram a retirar sua mãe do Brasil e a contratar serviços de inteligência para monitorar riscos à sua integridade física.

O influenciador digital detalhou que possui até um plano de fuga. "Eu tenho inteligência de segurança, não é só segurança física. Tenho inteligência para poder mapear se alguém está planejando alguma coisa séria, se alguém está planejando alguma execução", afirmou.

Emoção e medo

Felipe se tornou um dos principais alvos de ataques da extrema-direita nas redes sociais, especialmente após apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. "Passei por coisas que nenhum ser humano deveria passar. Ser chamado de tudo o que eu fui, ameaças de morte, tive que tirar minha mãe do país. Sinto falta de andar na rua sem segurança, porque as pessoas que discordam de mim aceitam. Mas não vai rolar", relatou.

Ele lamentou a polarização política que impede um debate saudável nas redes sociais. "Queria que a galera pudesse lutar contra. Quando vi, estava tomando tiro de todos os lados. Isso em 2018, e nunca mais parou."

Emocionando-se, ele disse durante a entrevista que perdeu o direito de viver sem medo após resolver se manifestar politicamente. "Sinto falta de não ter medo. Fui pra Portugal e eu pude ver, depois de quase cinco anos, o que é viver sem medo", desabafou.

Processos e acusações

Durante o governo de Bolsonaro, Neto enfrentou processos judiciais por corrupção de menores, devido ao uso de palavrões em vídeos antigos, e por crime contra a segurança nacional, após criticar o então presidente. "Tentaram me prender por crime contra a segurança nacional, quando eu xinguei o presidente, aí também respondi a processo criminal do Estado… Os dois [processos] no criminal, se eu perder, tô preso", explicou.

Ele riu sem graça: "Eu não imaginava que eu fosse ficar emocionado. São quase 5 anos e a galera mistura muitas coisas. Quando eu entrei nessa pegada social e política, eu não imaginava que isso fosse acontecer. Eu imaginava que a classe artística ia se unir. E isso não aconteceu".




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