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Crimes imputados pela PF

Bolsonaro indiciado: entenda os crimes atribuídos pela Polícia Federal

PF aponta que houve crime pelo uso indevido de documentação falsa em inserção de dados em cartão de vacina; ex-presidente, Mauro Cid e deputado são indiciados.


O ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e mais 14 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal (PF) no caso que apura a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.

Segundo os investigadores, um grupo de pessoas ligadas a Bolsonaro incluiu informações falsas em um sistema do Ministério da Saúde, para beneficiar o ex-presidente, parentes e seus auxiliares. A informação foi revelada pelo portal G1 nesta terça-feira (19).

O processo segue para o Ministério Público, que decide efetivamente apresentar denúncia à Justiça ou arquivar a investigação. De acordo com a PF, Bolsonaro teria cometido os crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações. Entenda mais abaixo.

Associação Criminosa

Considerado um crime contra a paz pública, a associação criminosa (artigo 288 do Código Penal) fica configurada quando três ou mais pessoas se reúnem para cometer uma prática criminosa. A punição prevista na legislação penal é de um a três anos de reclusão.

Inserção de dados falsos em sistema de informações

Também conhecido como peculato digital, o crime está previsto no Código Penal e se configura quando um funcionário autorizado facilita ou insere dados falsos, ou altera ou exclui dados de sistemas informatizados ou bancos de dados da administração pública, para causar dano ou conseguir vantagem indevida para si ou para outros.

A pena prevista é de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa. Veja abaixo a lista de indiciados e os crimes imputados pela Polícia Federal:

Mauro Cid, tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid

Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal pelo MDB-RJ

Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército, ex-integrante da equipe de Mauro Cid

Farley Vinicius Alcântara, médico e sobrinho de Luís Marcos dos Reis

João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ)

Max Guilherme Machado de Moura, ex-assessor de Bolsonaro

Sergio Rocha Cordeiro, segurança de Bolsonaro

Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro

Eduardo Crespo Alves, militar

Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado, também investigado na Operação Tempus Veritatis

Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da Prefeitura de Duque de Caxias

Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias

Célia Serrano da Silva, secretária de Saúde de Duque de Caxias

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