
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta quarta-feira (26), o julgamento sobre a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros aliados, incluindo ex-ministros da gestão anterior, por tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito.
A continuidade ocorre após a Suprema Corte ter rejeitado, na terça-feira (25), o pedido de anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
O depoimento de Cid foi considerado peça-chave na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente. Após a decisão, a sessão foi suspensa e será retomada nesta quarta-feira (26), quando os ministros irão definir se Bolsonaro e os demais denunciados se tornarão réus.
A validade do acordo de colaboração foi confirmada por unanimidade durante o julgamento das questões preliminares levantadas pelas defesas de oito dos 34 acusados no caso, incluindo Bolsonaro e o general Braga Netto. Dessa forma, o Supremo deu o primeiro passo na análise da denúncia apresentada em fevereiro deste ano pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado núcleo central da trama golpista e decidiu, portanto, seguir com a análise do caso nesta quarta-feira.
"Nós pensamos, inicialmente, em analisar nesta sessão as preliminares e, amanhã, analisarmos o recebimento ou não da denúncia. Então, mantemos essa metodologia", afirmou o ministro Cristiano Zanin, presidente da Turma.