
O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (28) que o conclave — processo de votação dos cardeais da Igreja Católica para eleger um novo papa — começará no próximo dia 7 de maio.
A decisão foi tomada durante a quinta Congregação Geral, reunião realizada a portas fechadas entre os cardeais desde a morte do papa Francisco.
Capela Sistina fechada para o conclave
Segundo o Vaticano, cerca de 180 cardeais participaram da Congregação, mas apenas 133 estão aptos a votar. A tradicional Capela Sistina, onde ocorrem as votações, foi fechada ao público para receber os preparativos.
O conclave terá início logo após o término do Novendiales, o período de luto de nove dias iniciado no sábado, após o sepultamento de Francisco.
Segredo e isolamento
Durante os dias do conclave, os cardeais eleitores ficarão isolados dentro do Vaticano, em uma área chamada "zona de conclave", e farão um juramento de sigilo absoluto sobre todo o processo de escolha.
Embora os dois últimos conclaves — em 2005 e 2013 — tenham durado apenas dois dias, a história registra votações mais longas: o conclave mais demorado se estendeu por dois anos.
Conclave será o mais global da história
O conclave de 2025 será um dos mais globais da história da Igreja Católica, refletindo a diversidade dos cardeais eleitores.
O Brasil terá sete representantes na votação:
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Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos;
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Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos;
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Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos;
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Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos;
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Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos;
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João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos;
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Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
A expectativa é de que a escolha do novo papa seja rápida, mas a duração exata dependerá do consenso entre os cardeais.