O candidato à reeleição para a Presidência da República, Jair Bolsonaro, foi sabatinado nesta segunda-feira (12) em um poo de podcasts com lideranças e pastores evangélicos transmitido em vários canais do YouTube.
Combate às drogas
O presidente falou que seu governo tem investido muito em casas de reabilitação. Segundo ele, mais produtivo do que tirar a pessoa das drogas é "não deixá-la entrar". Segundo o candidato, uma das formas de afastar as pessoas das drogas é "promover uma política de pleno emprego".
Falas durante a pandemia
Sobre falas e expressões usadas durante a pandemia, o candidato à reeleição afirmou ter se arrependido de algumas frases que disse. Bolsonaro afirmou que lamentava ter dito que não "era coveiro" e, ainda, que a imitação de uma pessoa morrendo sufocada foi retirada de contexto.
"Eu dei uma aloprada, sim. Eu me arrependo. Os caras [da mídia] queriam me tirar do sério. Eu tive covid-19. Fui do grupo de risco. Eu tomei remédio e no dia seguinte estava bom. Mas a imprensa toda massacrou no negócio de coveiro, de jacaré, tolheu a autonomia médica. A questão do coveiro eu retiraria. O jacaré foi uma figura de linguagem, eu poderia não usar. [A questão da asfixia], se você pegar a imagem, eu não estou zombando de ninguém, como quiseram dizer", disse Bolsonaro ao responder os entrevistadores.
Guerra Rússia x Ucrânia
O presidente disse que se encontrou por cerca de 3 horas com o presidente russo, Vladimir Putin. Além de garantir a importação de fertilizantes russos, o Brasil também receberá, em breve, óleo diesel daquele país. Entre os motivos apontados por Putin para a invasão, a pretensão ucraniana de ingressar na Otan.
Posse de armas
O candidato defendeu a política de facilitação da posse de armas, sustentando que uma pessoa armada "consegue frear a violência ao intimidar os criminosos". Segundo Bolsonaro, o maior número de armas na sociedade tem produzido redução na violência.
Especialistas em segurança pública, contudo, dizem que a queda no índice de assassinatos se deve a outros motivos, como programas de governos estaduais e diminuição de conflitos entre facções criminosas.
Eleição 2022
O presidente Jair Bolsonaro falou que, se for reeleito, "não será candidato a mais nada" após o segundo mandato, e que pensa em passar a faixa presidencial, caso perca a disputa pelo Palácio do Planalto neste ano.
"Com a minha idade, eu não tenho mais nada para fazer aqui na Terra se acabar a minha passagem pela política no corrente ano", afirmou o Chefe do Executivo.
Aceno às mulheres
Questionado se retirava declarações machistas que já externou, Bolsonaro disse que houve uma "potencialização" sobre suas falas, mas que "errou" e não falaria de novo. O presidente disse, por exemplo, que retiraria a afirmação de que teve quatro filhos homens e que o nascimento da filha mulher —Laura, de 11 anos — foi uma "fraquejada".
Auxílio Brasil
Bolsonaro falou que manterá, caso seja reeleito, o Auxílio Brasil em R$ 600. Segundo ele, isso será possível pois a Câmara dos Deputados é "sensível" ao tema. "Havendo reeleição, ninguém vai trabalhar contra [o auxílio], até porque não devo ser candidato a mais nada, se Deus quiser", afirmou.