CASO CELSO DANIEL

Deixem o Celso Daniel descansar em paz

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Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, no ABC Paulista

Celso Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro de 2002. Seu corpo foi encontrado em uma estrada de terra na manhã do dia 20 de janeiro em Juquitiba.

Em 1º de abril de 2002, a Polícia Civil concluiu o inquérito entendendo que se tratava de um crime comum.
Em agosto de 2002, às vésperas da eleição presidencial, o Ministério Público de São Paulo resolveu reabrir as investigações sobre o caso. Em 2005, durante a CPMI dos Bingos e das denúncias de Roberto Jefferson sobre o mensalão, houve novo pedido de investigação, cujo entendimento novamente foi de crime comum.

Em 2006, poucos dias antes da realização do primeiro turno das eleições presidenciais, foi aberta nova investigação da polícia civil, que novamente concluiu como crime comum. Em 2010, o Ministério Público abriu uma ação contra Sérgio "Sombra" alegando que ele seria o mandante do crime, contrariando todos os inquéritos policiais. Ainda em 2010, durante o período eleitoral, um dos condenados pelo sequestro de Celso Daniel, Elcid Oliveira Brito, conhecido como John, fugiu da prisão na região oeste do Estado de São Paulo no dia 3 de agosto.

Em 2018, as vésperas do segundo turno, foi noticiado que um depoimento de Marcos Valério poderia reabrir o inquérito, a partir de mais informações que ele já havia dito ter em 2012 - nada foi comprovado.
Em 1º de Julho de 2022, a revista Veja divulgou uma matéria sobre um novo depoimento de Marcos Valério ligando Lula e o PT a morte de Celso Daniel. Nessa mesma matéria é relatado que Marcos Valério citou suposta relação entre o PT e o PCC.

No dia de 7 de julho, o presidente Bolsonaro, em sua live semanal, disse que Lula era o mentor da morte de Celso Daniel. Ontem, dia 18 de Julho, o Ministro Alexandre de Moraes decidiu pela proibição da divulgação das fake news que ligam o PT ao PCC e a morte de Celso Daniel.

Celso Daniel foi sequestrado e assassinado há 20 anos atrás. Sem nenhuma comprovação de crime de mando. Todas as investigações apontaram para crime comum, e sua morte continua sendo explorada politicamente, de forma vazia e descabida, trazendo dor e sofrimento a família. E acusando injustamente, já que não há provas, diversas figuras públicas.

É hora de deixar essa história de lado. É hora de deixar o ex-prefeito de Santo André, no ABC Paulista, descansar.

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