Essa coluna ficou esquecida por um longo tempo, pois foi difícil decidir sobre o que escrever, perfeccionista e exigente do jeito que sou, não conseguia imaginar fazer algo só "para constar", ter acessos e etc. Em uma conversa em casa surgiu a ideia de dar visibilidade à mulheres Inspiradoras e/ou empreendedoras, não somente aquelas que tem um negócio bem sucedido, mas que conjugam todos os dias com muita força esse verbo "EMPREENDER"!
Você sabe o significado desse verbo? Empreender significa "realizar uma tarefa difícil e trabalhosa, tentar, pôr em execução". Pensando nisso que a partir de agora, nessa coluna você terá inspirações de mulheres que se arriscaram e criaram projetos que fazem a diferença na vida de outras pessoas! Nossa primeira entrevistada é a Jéssica Luduvino.
Minha "xará" tem 30 anos, é fisioterapeuta e possui o Jéssica Luduvino Studio Pilates, uma microempresa que oferece serviços de pilates, fisioterapia, terapia manual, técnicas osteopáticas, ventosaterapia e auriculoacupuntura. No próximo mês de setembro seu negócio completa 5 anos e como uma apaixonada pela profissão, além do estúdio, ela também trabalha com fisioterapia domiciliar nas áreas de neurologia e ortopedia.
Tem algum empreendedor na família ou alguém em você se inspirou?
J: Meu avô paterno foi um grande empreendedor. Começou do zero e com muito trabalho conquistou suas lojas de tecido, cama, mesa e banho. Meu pai seguiu o caminho do meu avô, também empreendendo no mesmo ramo de comércio. Comecei a trabalhar na loja dele com 11 anos, ficando até me formar, eu comecei cedo rsrsrs.
Qual o motivo que determinou a escolha para atuar em um estúdio de pilates, dentre outras tantas áreas da fisioterapia?
J: Quando eu estava no 8° semestre da faculdade, uma colega de profissão inaugurou seu estúdio de pilates e me convidou para estagiar, e depois comecei a trabalhar em seu espaço. Logo me identifiquei, foi amor à primeira vista! Comecei o estágio no mês de junho de 2013 e em setembro do mesmo ano eu fiz meu curso de pilates em Vitória/ES. Foi um período muito bom e importante no meu crescimento profissional, continuei trabalhando lá até 2017 até que resolvi montar o meu próprio negócio.
Entre o surgimento da ideia e a inauguração do seu negócio se passou quanto tempo?
J: Desde a época da faculdade eu já tinha o desejo de ter meu próprio negócio e já me organizava para isso. Mas, da decisão até o passo inicial se passou 3 a 4 meses.
Como foi o momento da pandemia para você e como isso afetou seu negócio?
J: Inicialmente me assustou bastante, tudo era muito novo, não tínhamos informações suficientes sobre a doença e havia muita insegurança. O estúdio só ficou fechado nos 15 primeiros dias (pois fisioterapia se enquadrou como serviço essencial), mas quando fechou no primeiro momento, não sabíamos de fato quando retornaria. A cada decreto lançado era uma ansiedade. Os primeiros meses de pandemia foram mais difíceis, trabalhei um período com atendimento online para os pacientes de risco e aqueles que ainda tinham insegurança de sair de casa. Mas como o decorrer dos meses, fui encerrando o atendimento online, permanecendo apenas com o presencial.
Quais dicas você daria para mulheres que desejam empreender e ainda possuem uma insegurança?
J: Siga em frente, estude bastante o seu negócio e o mercado de trabalho, planeje-se. Busque sempre se aperfeiçoar. Dê o seu melhor. A insegurança é um sentimento comum quando pretendemos buscar o novo. Mas não podemos deixar que isso nos impeça de voar!