O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão de Transparência e Fiscalização, tem declarado que quer investigar a ligação entre as joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) supostamente ganhou do governo da Arábia Saudita e a venda da Refinaria de Mataripe, na Região Metropolitana de Salvador, à Acelen.
De acordo com a CNN Brasil, Aziz formulou pedidos de informação sobre a avaliação de preço realizada pela Petrobras em relação à Refinaria de Mataripe. O senador também pretende investigar a relação da Acelen com o fundo de investimentos Mubadala Capital, que teria ligação direta com a família real que administra os Emirados Árabes, parceira da família real saudita, que presenteou Bolsonaro com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões.
A gestão Bolsonaro vendeu a Refinaria de Mataripe em 2021 por US$ 1,65 bilhão. Entretanto, de acordo com a Federação Única dos Petroleiros e o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Naturais e Biocombustíveis (Ineep), o equipamento público era avaliado em até US$ 4 bilhões e foi vendido abaixo de seu valor de mercado.
A suspeita no Senado Federal é de que Bolsonaro teria recebido os presentes como forma de garantir que a Acelen conseguisse adquirir a antiga Refinaria Landulpho Alves - Mataripe (RLAM), que fica localizada entre os municípios de Candeias, Madre de Deus e São Francisco do Conde.
Nesta segunda-feira (13), a defesa de Bolsonaro avisou à Polícia Federal (PF) e ao Ministério da Fazenda de que as joias recebidas pelo ex-presidente da República serão entregues ao Tribunal de Contas da União (TCU).