Barganha

Lula e Lira se encontram para discutir aliança

Presidente Lula tentou fechar com Arthur Lira um acordo para poder ter uma base sólida na Câmara.

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Lula e Lira se encontram para discutir aliança - Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta sexta-feira (16) com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para debater uma aliança entre o Palácio do Planalto e o Partido Progressista. O objetivo do petista é ter uma base sólida no Congresso Nacional, não sofrendo derrotas nas votações de projetos.

Com os atritos que o governo enfrentou para aprovar a Medida Provisória da reestruturação dos ministérios, Lula prometeu a Lira que seria mais atuante nas negociações que ocorrem nos corredores de Brasília.

O presidente da República determinou que sejam destravados cerca de 400 cargos que pertencem ao Poder Executivo para cumprir acordos feitos com aliados da base governista.

Lula também decidiu demitir Daniela Carneiro para colocar Celso Sabino em seu lugar no cargo de ministro do Turismo. O movimento serve para agradar o União Brasil e ter cerca de 50 deputados do partido votando a favor do governo federal.

O novo passo dado pelo chefe do Executivo foi de conversar com Lira e puxar o PP para a base aliada. O presidente da República ofereceu cargos para que o deputado federal faça indicações de pessoas de sua confiança.

Lula colocará limites

Mas o petista não fará todos os desejos de Lira. A intenção foi mostrar que existirá uma aliança, longe dos moldes que ocorriam no período do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), quando o atual presidente da Câmara era chamado de "primeiro-ministro da República".

Não por acaso, o governante avisou que não demitirá Nísia Trindade do Ministério da Saúde para colocar um membro do Centrão. Porém, na reunião, prometeu nomear aliados de Lira em setores que fazem parte da estrutura comandada pela ministra Nísia.

O que pensa Lira?

O presidente da Câmara não tem pretensão de ser oposição ao governo federal, porque entende que seu grupo político tem mais a perder do que a ganhar. Ele usa o ex-deputado Rodrigo Maia como exemplo.

Lira sinalizou que tem a intenção de integrar a base do Planalto, mas a decisão final ocorrerá depois que seu grupo definir qual caminho deve seguir.

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