O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), soube do plano para matá-lo apenas na última terça-feira (19), após a Polícia Federal deflagrar a operação. A operação terminou com a prisão de quatro militares e um policial federal. A ideia era matar o presidente e causar um golpe de Estado em 2022, ano que Lula ganhou as eleições presidenciais.
Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) deu uma entrevista ao UOL na qual detalhou a comunicação que o presidente e ele receberam: "[Soubemos] por volta das 6h30 da manhã do teor da operação da Polícia Federal, nós ficamos totalmente perplexos. Perplexos e chocados com aquilo que a gente leu da peça da Justiça, da ação que embasou a operação da Polícia Federal ontem."
Pimenta comentou sobre a gravidade do plano, que corria entre pessoas-chave da política ligada a Jair Bolsonaro, opositor de Lula: "Esse plano golpista e criminoso estava no computador do Mauro Cid, que era o ajudante de ordens do Bolsonaro. Ele tinha a senha do cartão pessoal da Michelle Bolsonaro [ex-primeira-dama], dos filhos. O Mauro Cid foi com ele [Bolsonaro] para os Estados Unidos. É uma pessoa da confiança dele."
Como contaram para Lula
O comunicado do plano de assassinato para Lula foi feito pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues. Ele conversou com o presidente apenas após as medidas serem cumpridas pela PF.
Rodrigues justificou que a informação foi feita apenas ontem "dada a gravidade dos fatos e as ameaças à sua vida e ao vice-presidente."
Ele também foi responsável por avisar Geraldo Alckmin, vice-presidente e também alvo do plano de assassinato.