O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (29), comentou as eleições gerais que acontecerão na Venezuela em 2024, e disse que "o conceito de democracia é relativo para você e para mim".
Lula afirmou que "a Venezuela tem mais eleições que o Brasil. O conceito de democracia é relativo para você e para mim. Eu gosto da democracia porque ela me fez chegar à Presidência da República pela terceira vez, e é por isso que eu gosto da democracia e a exerço em sua plenitude".
Questionado se o país latino-americano seria uma democracia atualmente, o presidente disse que os resultados das urnas devem ser respeitados. "O que não está correto é a interferência de um país dentro de outro país. O que fez o mundo tentando eleger o Guaidó o presidente da Venezuela, um cidadão que não tinha sido eleito. Se a moda pega, não tem mais garantia da democracia e não tem mais garantia no mandato das pessoas".
"Quem quiser derrotar o Maduro, derrote nas próximas eleições", finalizou o chefe do executivo brasileiro, afirmando que em 2024 terá novas eleições no país vizinho e que é a chance de derrotar Maduro nas urnas. "Vamos lá fiscalizar, se não tiver uma eleição honesta, a gente fala", promete o mandatário.
Mais falas polêmicas
Durante entrevista, o presidente se referiu ao golpe militar em 1964 de "revolução de 64". O termo era comumente utilizado pelo seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que sempre foi muito criticado pela escolha de palavras.
Na fala, Lula diz: "Vai ser a 1ª reforma tributária votada no regime democrático. A última reforma tributária nossa foi depois da revolução de 64". O petista discutia, ao lado de Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação, sobre a aprovação da reforma no Congresso.
