O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta sexta-feira (30), a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que tornou sua candidatura inelegível por oitos anos. Na avaliação da maioria, a reunião com os embaixadores foi convocada por Bolsonaro para atacar o sistema eleitoral e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
"Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade", disse após quebrar o silêncio.
O ex-presidente disse que foi condenado por defender o voto impresso, que segundo ele é "algo que sempre defendeu".
"Estamos no caminho de uma ditadura. O caminho está bastante avançado para uma ditadura. Eleições sem confronto não é democracia. Quem seria o mandatário que disputaria com esse governo? No momento não tem nome", disse.
O ex-presidente falou que "não é o fim da direita no Brasil. Antes de mim ela existia, mas não tinha forma". "Não vamos desistir do Brasil."
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria para condenar Bolsonaro e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos. O voto decisivo foi dado pela ministra Cármen Lúcia.
O placar final ficou em 5 a 2 pela condenação. Confirmada a condenação e a inelegibilidade, Bolsonaro ficará fora das eleições até 2030.