O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu na última sexta-feira (21) a comenda Gomes de Souza Ramos em Anápolis (GO). Assim que subiu no palco para receber uma das mais significativas honrarias concedidas pela cidade, o ex-chefe do executivo federal foi ovacionado com gritos de "mito".
A comenda Gomes de Souza Ramos é concedida desde 1980 como forma de homenagear pessoas públicas que tiveram um papel relevante no desenvolvimento do município. Nas eleições presidenciais do ano passado, Bolsonaro obteve a maior votação na cidade, conquistando 153.507 votos, o equivalente a 70,59% do total. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 29,41% dos votos, somando 63.960.
Após ser agraciado com a comenda, Bolsonaro aproveitou a oportunidade para criticar o decreto assinado por Lula na sexta-feira (21), que reverteu as regras sobre a compra e posse de armas estabelecidas no governo anterior.
"Todas as ditaduras foram precedidas de campanhas de desarmamento", disse o ex-presidente. "Armei o máximo possível ou meu povo e a prova de que eu estava no caminho certo é que o número de mortes por arma de fogo caiu ano a ano no meu governo", completou.
Bolsonaro também afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o tornou inelegível de "forma nebulosa". "O sistema não quer um honesto na Presidência da República".
"Se eu nada representasse para a nossa pátria depois daqueles números do TSE, não me estariam perseguindo até hoje, não teriam, de forma bastante nebulosa, me tornado inelegível. Qual crime? Corrupção não foi, abuso de poder econômico não foi", defendeu-se.
