Depois que o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) fez um discurso contra parlamentares de esquerda e elogiou o ex-ministro Anderson Torres, que foi ouvido pela CPMI do 8 de janeiro, uma confusão generalizada tomou conta da sessão. Após a fala do pastor, ele se desentendeu com a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) que, supostamente teria apontado o dedo para o parlamentar, que não gostou nada da atitude e bateu na mesa.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) saiu em defesa da colega de parlamento, indo tirar satisfação com Feliciano que o acusou publicamente de ter cuspido no deputado durante a sessão, gerando polêmica e tensão no ambiente parlamentar.
No entanto, Carvalho negou veementemente a acusação e argumentou que qualquer cuspe teria sido acidental durante seu discurso. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), decidiu, então, solicitar uma perícia nas imagens da sessão, a fim de investigar a acusação de cusparada entre parlamentares.
Inicialmente, o deputado Abilio Brunini (PL-MT) havia pedido a realização da perícia nas imagens, mas o deputado Arthur Maia, alegando não estar presente no momento do incidente, não pôde atender ao pedido naquele momento.
No entanto, devido à persistência de Marco Feliciano em relação ao pedido de perícia, Arthur Maia reconsiderou a decisão e autorizou a análise das imagens para esclarecer os fatos.
Arthur Maia expressou sua opinião de que não acredita que tenha havido uma intenção deliberada de cuspir durante a discussão e ressaltou que desentendimentos verbais são comuns durante debates acalorados em sessões parlamentares.
"Tenho certeza absoluta que o senador não fez nada de propósito, não cuspiu. Pode até ter falado, todos nós na hora da discussão cometemos desinteligências na fala, mas tenho certeza que não foi o propósito do senador cuspir em vossa excelência", opinou.
Apesar disso, a decisão de autorizar a perícia foi tomada visando esclarecer completamente o incidente.dEPOIS