Caso algum dia decida se divorciar de Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não terá direito a nenhum dos bens adquiridos pelo ex-presidente nem antes nem, depois do casamento. O casal assinou um pacto antenupcial de separação total de bens em 27 de setembro de 2007. A informação é do colunista do Metrópoles, Guilherme Amado.
A certidão de casamento de Bolsonaro e Michelle está anexada a um dos e-mails que Osmar Crivelatti, braço-direito do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, esqueceu de apagar definitivamente. A CPMI do 8 de Janeiro teve acesso às mensagens.
O casamento civil de Bolsonaro e Michelle foi celebrado no dia 28 de novembro de 2007 e obedece às regras estabelecidas no pacto antenupcial — documento obtido pelo colunista no 1º Ofício de Notas e Protestos de Brasília.
Na assinatura do pacto, Bolsonaro e Michelle concordaram que a separação total vale para os "bens que cada um deles atualmente possui, como para os que vierem a possuir posteriormente e na vigência dos seus bens".
Michelle, portanto, não terá direito a nenhum centavo dos R$ 17 milhões que Bolsonaro recebeu por meio de doações de apoiadores via PIX. O ex-presidente investiu o valor em títulos de renda fixa.
A ex-primeira-dama consta como dependente de Bolsonaro na declaração de Imposto de Renda que o ex-presidente apresentou à Receita Federal no ano passado. O documento também estava na caixa de e-mails de Crivelatti.
Entre propriedades e contas bancárias declaradas, Bolsonaro disse ter um patrimônio de R$ 2,3 milhões em dezembro de 2021.