FIM DE MANDATO

Aras deixa comando da PGR nesta terça-feira e ainda não tem substituto

A vice-presidente do CSMPF, Elizeta Ramos, estará à frente do cargo interinamente.

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Procurador-geral da República, Augusto Aras - Foto: Leo Bark

O mandato do procurador-geral da República, Augusto Aras, vence nesta terça-feira (26) após quatro anos à frente do órgão. Cabe agora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolher um substituto.

Aras assumiu a liderança da PGR no ano de 2019, por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a gestão, ele negociou cerca de R$ 3,2 bilhões em 37 acordos de delação premiada. Segundo a PGR, foi recuperado ainda cerca de R$ 1,1 bilhão desde setembro de 2019.

Entre outros destaques, Augusto Aras foi quem apresentou o maior número de Ações Diretas de Inconstitucionalidade no STF desde 2001. Ele ainda instaurou 222 inquéritos, sendo 154 no STJ, além de apresentar 45.881 manifestações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Durante o período em que esteve à frente da PGR, ele foi criticado por não dar prosseguimento às investigações contra o ex-governante do país. O maior exemplo utilizado pelos opositores bolsonaristas é a denúncia do comportamento negacionista de Jair Bolsonaro na pandemia de Covid-19.

Apesar das críticas, Aras diz que foi vítima de "algumas incompreensões e falsas narrativas, dissonantes com o trabalho realizado". Ele ressaltou que nunca atuou como agente político.

"Nossa missão não é seguir pela direita ou pela esquerda, mas garantir, dentro da ordem jurídica, que se realize justiça, liberdade, igualdade e dignidade da pessoa humana", discursou.

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