Uma análise preliminar da inteligência dos Estados Unidos concluiu que o ataque ao hospital na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17) não foi realizado pelas forças de Israel, mas sim por um grupo palestino, de acordo com informações obtidas pelo jornal estadunidense The New York Times.
A inteligência usou imagens de satélite e dados infravermelhos para realizar as análises que, segundo o jornal, serviram como base para o presidente Joe Biden se posicionar de forma favorável a Israel nesta quarta-feira (18), em visita ao país. A conclusão das análises teria sido a de que o lançamento do foguete não partiu de posições militares israelenses.
"Embora continuemos a coletar informações, nossa avaliação atual, baseada na análise de imagens aéreas, interceptações e informações de código aberto, é que Israel não é responsável pela explosão ontem no hospital em Gaza", disse ao New York Times Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
Segundo o jornal, autoridades afirmam que as conclusões são preliminares, e que informações ainda estão sendo colhidas e analisadas. Apesar disso, disseram as fontes, as conclusões foram suficientes para que Biden apoiasse Israel publicamente em relação a esse tema.
"Com base no que vi, parece que foi feito pelo outro lado, não por vocês", disse o presidente estadunidense ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante aparição conjunta em Israel.
Os Estados Unidos são fortes aliados de Israel e, na guerra atual, já ajudaram o país inclusive com armamentos. Nesta quarta-feira, Biden disse: "Israel, vocês não estão sozinhos. Os Estados Unidos estão com vocês. Enquanto os Estados Unidos existirem, e nós existiremos para sempre, vocês não estarão sozinhos".
Também nesta quarta-feira, os Estados Unidos rejeitaram a resolução do Brasil sobre os conflitos entre Israel e Hamas, que previa um cessar-fogo na região e a abertura de corredores humanitários.