COLETIVA DE IMPRENSA

Tarcísio admite falhas na segurança após ataque a escola: "Sentimento de frustração"

Estudante de 16 anos invadiu a escola e cometeu ataque a tiros; uma vítima não sobreviveu.

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Em coletiva de imprensa, Tarcísio admite falhas na segurança após ataque a escola - Foto: Marcelo S. Camargo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o governo está se "sentindo frustrado e impotente" após o ataque a uma escola estadual no Jardim Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, nesta segunda-feira (23). Segundo o político, a gestão irá rever as ações de prevenção à violência no ambiente escolar, implantadas em março deste ano, após outro ataque à escola que ocorreu no estado.

"Além do sentimento de tristeza, fica o sentimento de frustração. É hora de rever tudo o que a gente está fazendo para que a gente evite novas ocorrências. A gente não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça. A escola tem de ser um lugar seguro", disse o governador.

O caso desta segunda-feira ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Rua Senador Nilo Coelho, por volta das 7h30. Segundo a PM, o atirador, de 16 anos, é aluno da escola e foi apreendido. Ele deu a arma para a coordenadora após o ataque e se entregou. As três vítimas feridas por disparo de arma de fogo foram socorridas ao Pronto Socorro do bairro, e uma não resistiu.

Tarcísio também afirmou que a vítima fatal era uma estudante do 3º ano do Ensino Médio, de 17 anos. "Estava terminando o ciclo escolar, com seus sonhos, prestes a encarar o vestibular, de dar o próximo passo na sua formação", acrescentou. De acordo com governador, as informações preliminares apontam que a vítima não tinha relação com o caso. Ela foi a primeira pessoa vista pelo jovem e acabou atingida.

Durante a coletiva de imprensa, o governador também fez referência ao fato do estudante que efetuou os disparos ter sofrido bullying por parte dos colegas por ser homossexual, o que foi relatado pelos próprios alunos da instituição.

"Nós temos que combater o bullying, a homofobia. Depois de uma situação dessas, chegamos a conclusão que não estamos sendo capazes, ainda não chegamos no que é ideal. Nada vai trazer a vida da vítima de volta, mas temos que pensar no futuro da rede, da segurança da escola. O sentimento que fica, além da tristeza, é frustração. A gente se sente incapaz, impotente, de lidar com esse tipo de situação. E vamos trabalhar para ver que medidas a mais podemos tomar para evitar novos incidentes. É muito triste o que aconteceu hoje", disse Tarcísio.
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