O Senado rejeitou nesta quarta-feira (25), com 38 votos contrários e 35 favoráveis, a nomeação de Igor Roque para o cargo de Defensor Público-Geral, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A decisão foi tomada em meio a uma forte pressão da ala conservadora do Senado, que relacionou o nome de Roque à organização de um seminário sobre o aborto na Defensoria Pública.
A votação ocorreu no plenário da Casa e foi realizada de maneira secreta. Durante o debate, nenhum dos senadores fez discursos contrários à indicação de Igor Roque. No entanto, a rejeição à nomeação se tornou evidente nos votos finais.
O senador Carlos Viana, que foi um dos votos contrários à indicação, afirmou que sua decisão se deve ao compromisso de não apoiar políticas de aborto que estejam fora do que está previsto na legislação vigente. Além disso, ele expressou sua oposição à abertura de legislação para o porte de drogas.
A nomeação de Igor Roque foi feita por Lula em maio, após uma operação que impediu a aprovação do candidato escolhido por Jair Bolsonaro no final de sua gestão.
Roque passou por uma sabatina e foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em julho. No entanto, sua indicação só chegou ao plenário recentemente, juntamente com outras indicações ao Supremo Tribunal de Justiça.