Queimadas

Fogo avança em área de difícil acesso no Parque Nacional do Monte Pascoal na Bahia

Parque fica em Porto Seguro, no extremo sul, e é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural. Suspeita é de que o incêndio tenha sido causado por ação humana.

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Incêndio atinge área de vegetação em comunidade indígena no extremo sul da Bahia - Foto: Reprodução/Edimarcos Santana

O incêndio de grandes proporções, que na última terça-feira (14) atingiu uma extensa área preservada de Mata Atlântica no Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, que fica em Porto Seguro, na Bahia, segue avançando e chegou até uma área de difícil acesso para bombeiros e brigadistas, o que tem dificultado o trabalho.

O fogo já destruiu cerca de 500 hectares do parque e da Aldeia Boca da Mata. A suspeita é de que o incêndio tenha sido causado por ação humana. Não há registro de feridos.

O Corpo de Bombeiros segue atuando e recebendo reforços. Mais 35 bombeiros chegaram de outras regiões. Brigadistas do ICMBio, do Ibama, e voluntários de seis aldeias em torno do parque também atuam para tentar controlar as chamas. Mais de 150 pessoas atuam no combate ao fogo.

O local abrange a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos colonizadores portugueses, o que faz dele um marco para o país. Ele é primeiro e único Parque Nacional e Histórico brasileiro, além de fazer parte do Patrimônio Mundial Natural, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Criado em 29 de novembro de 1961, o equipamento tem mais 22 mil metros hectares e abriga, além de grande diversidade de plantas e animais, além de algumas comunidades indígenas, entre elas a Aldeia Boca da Mata, onde as chamas começaram.

Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, no extremo sul da Bahia - Foto: Reprodução Rede Globo

O problema surgiu no início de novembro, por suposta ação humana - não há perícia que aponte a situação, nem pistas do suspeito de atear fogo. O combate começou no dia 14 deste mês, mas apesar dos esforços dos brigadistas, as queimadas na área ganharam maior proporção, principalmente com o avanço para região de mata fechada.

Equipamentos e veículos de grande porte, incluindo um trator cedido por uma empresa da região, têm ajudado nos trabalhos para abrir uma faixa de areia para evitar que o fogo se propague.

Duas aeronaves do governo do estado foram enviadas pela Secretaria do Meio Ambiente para o extremo sul. Uma delas tem atuado diretamente no combate às chamas do Parque Nacional e Histórico desde a tarde de segunda-feira (20). O avião tem capacidade para lançar, de uma só vez, dois mil litros de água.

Após a ação da aeronave, com as chamas reduzidas, os brigadistas avançam por terra para combater as chamas. Até o começo da tarde desta terça-feira (21), a aeronave já havia feito quatro sobrevoos.

Fonte: g1

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