O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, se reuniu nesta 5ª feira (11.jan.2023), às 10h, com Flávio Dino para definir sua situação, caso o futuro ministro da Justiça Ricardo Lewandowski não o mantenha na função.
Lewandowski, ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal), aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o novo titular da Justiça. Ele, Lula e Dino também terão uma reunião nesta manhã, prevista para às 11h. O anúncio da nomeação deve ser feito depois do encontro.
Lewandowski deverá indicar como secretário-executivo, cargo que equivale a uma espécie de vice-ministro, o advogado e professor Manoel Carlos de Almeida Neto. Ele trabalhou no gabinete do ex-ministro do STF e com o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes. É professor de direito e diretor jurídico desde 2016. Foi um dos cotados para suceder o próprio Lewandowski no STF quando ele deixou o STF. Lula, no entanto, escolheu seu ex-advogado Cristiano Zanin.
O nome de Cappelli era defendido por Dino e pelo PSB para continuar na função. Segundo apurou o Poder360, Lula deu total autonomia para que o próximo ministro da Justiça escolha seu número 2. O novo ministro não tem a mínima intimidade com Capelli, tampouco seu estilo midiático combina com o de Lewandowski, mais contido. Ainda não há, entretanto, um destino fechado para Capelli.