A prefeita de Canoinhas (SC), Juliana Maciel (PL), é alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério Público devido ao descarte irregular de livros infantis. A polêmica teve início na última quinta-feira (18) quando a bolsonarista, em um vídeo divulgado em seus perfis nas redes sociais, foi vista jogando os exemplares em uma lata de lixo e os chamando de "porcarias".
No vídeo, a prefeita alegou que os livros haviam sido doados pelo governo federal, criticando o conteúdo e alegando que não representavam os valores que ela acredita.
Em suas declarações, Maciel ainda atribuiu a responsabilidade pelo episódio ao governo do PT, afirmando que induzia crianças e adolescentes com conteúdos inadequados.
Além disso, a prefeita fez um apelo a outras cidades que aderiram ao Projeto Mundoteca, solicitando uma revisão minuciosa dos livros para evitar possíveis enganos. Em seu discurso, ela também mencionou a Lei Rouanet, buscando angariar a simpatia de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Diante da repercussão do caso, a Prefeitura de Canoinhas emitiu uma nota oficial esclarecendo que a Mundoteca foi uma iniciativa idealizada pelo Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da FGM Produções e Girassol Incentiva.
No entanto, houve um embate de informações, pois o governo federal alega que o Projeto Mundoteca de Marcílio Dias é uma ação da iniciativa privada.
A explicação adicional do governo federal indica que o projeto foi inaugurado em novembro de 2022, período em que Jair Bolsonaro ainda era presidente do Brasil, e que a administração do espaço e do material é de responsabilidade da prefeitura municipal desde o ano passado.