Rivais unidos

PT e PL se unem contra Sergio Moro

Os partidos de Lula e Bolsonaro recorreram ao TSE contra absolvição do ex-juiz na Justiça do Paraná.

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Em discurso, à tribuna, senador Sergio Moro (União-PR) - Foto: Edilson Rodrigues

O PT e o PL entraram com recursos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná, na segunda-feira (22), contra a decisão que rejeitou a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil) . As solicitações serão encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O prazo para contestações no TRE terminou às 23h59 e os recursos foram protocolados perto das 23h30.

O recurso feito pelo PT, partido do presidente Lula, tem 218 páginas e é assinado pelos advogados Luiz Eduardo Peccinin e Ângelo Ferraro. A sigla afirma que o relator do caso no TRE, Luciano Falavinha Carrasco, "cometeu equívocos na análise das provas".

Já o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, optou por permanecer com a decisão de apresentar recurso, apesar da resistência do ex-mandatário.

No início de abril, os pedidos do PT e do PL para cassar o mandato de Sergio Moro também foi rejeitado. Os partidos alegaram que o senador teria cometido abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

Além da cassação, as siglas pediram a inelegibilidade do ex-juiz por 8 anos e a implementação de uma eleição suplementar no Paraná para tomar o lugar de senador.

Os partidos defendem que no final de 2021 e começo de 2022, Moro esteve em pré-campanha à Presidência da República. Depois, desistiu e tentou ainda disputar o Senado por São Paulo até ser barrado pela Justiça Eleitoral. Foi então que passou a concorrer para o Senado pelo Paraná.

O julgamento do caso no TRE teve quatro sessões e terminou com um placar de 5 a 2 contra a cassação do mandato de Moro.

Após a decisão, o senador se pronunciou, dizendo que o julgamento foi "técnico e impecável" e "representa um farol para a independência da magistratura frente ao poder político".

"As ações rejeitadas estavam repletas de mentiras e de teses jurídicas sem o menor respaldo", afirmou Moro.

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