Em um movimento que tem gerado ampla discussão na comunidade local, a prefeita Cordélia Torres (União Brasil) anunciou na última quinta-feira (1) o nome de Maiza Bahia, sogra de seu filho, como candidata a vice-prefeita em sua chapa para as eleições desse ano. Essa escolha destaca uma tendência preocupante: a crescente concentração de cargos públicos importantes nas mãos de familiares do casal Dapé.
A indicação de Maiza Bahia levanta questionamentos sobre a confiança da prefeita e seu marido em outros membros da comunidade e traz à tona o debate sobre nepotismo na administração pública. Atualmente, seis parentes de Cordélia ocupam cargos de primeiro escalão em seu governo, reforçando a percepção de que a prefeita prefere confiar em familiares para posições-chave de sua administração.
Na Secretaria da Fazenda, Jairo Azevedo, cunhado de Cordélia, gerencia as finanças do município. Erinéia Torres, sua sobrinha, está à frente da Secretaria de Assistência Social, enquanto Tiago Torres, também sobrinho, comanda a Secretaria de Gabinete. A Secretaria de Governo está sob a responsabilidade de Luiz Otávio, outro sobrinho da prefeita, e a Secretaria de Saúde é gerida por Pamela Dadalto, sua sobrinha. Sem contar no próprio marido da prefeita, Paulo Dapé, que ocupa o cargo de secretário da Casa Civil, secretaria que foi criada para acomodá-lo.
Somados, os salários dos familiares da prefeita Cordélia Torres custam mais de R$ 60 mil aos cofres públicos. Isso sem contar os demais familiares que estão lotados em cargos públicos de segundo e terceiro escalão.
Essa concentração de poder nas mãos de familiares abala a confiança da população na imparcialidade e eficiência do governo. Muitos críticos argumentam que essa prática fere os princípios de meritocracia e transparência, essenciais para uma administração pública justa e eficiente.
A decisão de incluir a sogra do filho na chapa de reeleição de Cordélia é vista por alguns como um sinal claro de que o casal não confia em ninguém além de seus próprios parentes. Esse cenário pode levar a uma administração pública menos técnica, diversificada e menos representativa dos interesses da população como um todo.
A população está atenta e espera que as decisões tomadas pelo governo sejam em prol do bem-estar coletivo e da transparência na administração pública.