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Justiça

Alexandre de Moraes contorna rito do TSE para investigar aliados de Jair Bolsonaro

Gabinete do ministro afirma que não houve irregularidades nos procedimentos.


Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes - Foto: Fellipe Sampaio /STF

Uma reportagem da "Folha de S. Paulo" revela que o gabinete do ministro do STF, Alexandre de Moraes, utilizou mensagens informais para instruir a Justiça Eleitoral a produzir relatórios que embasassem decisões no inquérito das fake news. Os relatórios focavam em bolsonaristas que postaram ataques à lisura das eleições de 2022 e incitaram militares contra o resultado.

A "Folha" obteve mais de 6 GB de mensagens trocadas via WhatsApp entre auxiliares de Moraes, entre agosto de 2022 e maio de 2023. Essas comunicações teriam sido usadas para solicitar relatórios específicos contra aliados de Bolsonaro, enviados do TSE para o STF.

Segundo o gabinete de Moraes, o TSE tem poder de polícia e pode realizar as pesquisas.

"O gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclarece que, no curso das investigações do Inquérito (INQ) 4781 (Fake News) e do INQ 4878 (milícias digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à democracia e às Instituições", diz trecho da nota.

O ministro também esclareceu, por meio do gabinete, que os relatórios apenas descreviam postagens ilícitas nas redes sociais e eram enviadas para investigações da Polícia Federal.

"Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República", conclui a nota.

Um exemplo destacado foi o caso do jornalista Rodrigo Constantino e do ex-apresentador da Jovem Pan, Paulo Figueiredo. A reportagem cita mensagens nas quais o assessor de Moraes, Airton Vieira, pediu informalmente a produção de relatórios sobre publicações desses aliados de Bolsonaro.

A "Folha" relata que, após ajustes solicitados pelo ministro, esses relatórios foram usados para embasar decisões como bloqueio de redes sociais, cancelamento de passaportes e intimações para depoimentos à Polícia Federal.

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