O PDT realizou sua convenção nacional, que oficializou o nome de Ciro Gomes candidato à Presidência da República, na última quarta-feira (20), primeiro dia permitido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A convenção aconteceu em Brasília, na sede do partido e contou com a presença dos pré-candidatos aos governos estaduais, lideranças do PDT, amigos e correligionários.
Essa é a quarta tentativa de Ciro Gomes chegar ao Palácio do Planalto. Ele também concorreu nas eleições de 1998, 2002 e 2018.
Ciro Ferreira Gomes tem 64 anos de idade, é advogado, professor universitário e escritor. Seu primeiro mandato político foi como deputado estadual em 1983. Também foi governador do Ceará e prefeito de Fortaleza. Seu último mandato político foi como deputado federal entre 2007 e 2011. Ainda foi Ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco em 1994 ajudando a consolidar o plano Real e no governo Lula, entre 2003 e 2006, foi Ministro da Integração Nacional, participando da elaboração do projeto de transposição do rio São Francisco. Em 2017, Ciro tornou-se vice-presidente nacional do PDT.
O nome do candidato a vice-presidente na chapa ainda não foi anunciado. Durante a convenção Ciro disse que gostaria que fosse uma mulher e afirmou que o PDT está intensificando diálogos para uma frente democrática. Defendeu o fim da reeleição e garantiu que, caso eleito, vai acabar com o "orçamento secreto", assim conhecido pela falta de transparência nos nomes dos parlamentares que indicam a execução da verba.
Para aumentar o orçamento público, Gomes disse que pretende taxar as grandes fortunas, acima de 20 milhões de reais, e o lucro e dividendos de grandes empresários.
O pedetista defendeu a união do país e, para tentar romper a polarização entre PT e PL, criticou duramente o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro igualando os dois. Afirmou que eles querem transformar a eleição de 2022 na mais vazia de debates e confronto de ideias de todos os tempos. Disse ainda que Lula e Bolsonaro estimulam "uma polarização vulgar, personalista e odienta". Assista o Vídeo abaixo:
Ciro gomes ainda criticou a reunião que o presidente realizou com embaixadores na última segunda-feira (18), afirmando que a intenção da reunião foi para "esculhambar o nosso país e degradar nossas instituições". Assista o vídeo abaixo:
O candidato ressaltou que o brasileiro está disposto a lutar pela democracia e demonstrou preocupação com a situação atual do país, afirmando que o Brasil precisa voltar a crescer para garantir ao povo acesso à saúde, educação de qualidade e geração de emprego.
O Marketeiro de Ciro adotou para a campanha o lema "vote em um e se livre dos dois", em referência a Lula e a Bolsonaro. E para tentar tentar furar os primeiros colocados na corrida ao Planalto, também na estratégia publicitária, sua equipe de marketing aderiu a assinatura "Prefiro Ciro".