Ciro Gomes no JN

Ciro Gomes diz no JN que irá reavaliar forma com a qual se refere aos adversários

Ele também defendeu um programa de renda mínima de R$ 1 mil e taxação de grandes fortunas.

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O candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), foi o segundo a ser sabatinado no Jornal Nacional

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, foi o segundo a ser sabatinado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, nos estúdios do Jornal Nacional, na TV Globo. A primeira sabatina, que aconteceu na segunda-feira (22), contou com a presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Abrindo a rodada de perguntas, Renata Vasconcellos o questionou sobre o tom duro, e até mesmo ofensivo, com o qual o candidato tem se referido aos dois primeiros colocados nas pesquisas eleitorais, Lula (PT) e Bolsonaro (PL). A jornalista quis saber como ele, com esse discurso, iria pacificar e unir o país?

Ciro respondeu que tem tentado mostrar as pessoas que é preciso ser duro com a corrupção mas que pode reavaliar o discurso ofensivo contra adversários e que tem como tarefa reconciliar o Brasil.

"Eu devo sempre reavaliar [modo como trata os adversários]. Eu faço esse esforço de humildade permanentemente. Minha tarefa é reconciliar o Brasil", afirmou o candidato.

Ele disse ainda que pretende romper com o que chamou de "polarização odienta" no país. O candidato usou a expressão para se referir aos ânimos acirrados entre os pólos da política nacional.

"Eu estou tentando mostrar para o povo brasileiro que essa polarização odienta, que eu não ajudei a construir. Pelo contrário, estava lá em 2018, tentando advertir que as pessoas não podiam usar a promessa enganosa do [Jair] Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso econômico gravíssimo que foram produzidos pelo PT. Isso aconteceu no Brasil e agora, está-se tentando repetir uma espécie de 2018. Portanto, a gente tem que denunciar isso, compreendendo, respeitando", defendeu Ciro.

Renda Mínima

Ciro aproveitou a visibilidade que uma entrevista em horário nobre e no principal jornalístico da 2ª maior emissora do mundo estava lhe dando, para dedefender uma de suas principais propostas de campanha: a adoção de um programa de renda mínima no valor de R$ 1 mil para famílias carentes.

"O que estou propondo é uma perna de um novo modelo previdenciário. Então, eu vou pegar o BPC [Benefício de Prestação Continuada], a aposentadoria-rural de muitos brasileiros que ainda remanescem, que não contribuíram no passado, o seguro-desemprego, e pegar todos os programas de transferência, especialmente o novo Bolsa Família, que é o Auxílio Brasil, transformar em um direito previdenciário constitucional, ou seja, ninguém mais vai depender de político A, político B, eleição A como está acontecendo. Ameaças e tentativa de manipular o sofrimento mais humilhado do nosso povo, das mães de família que estão vendo seus filhos dormir hoje com fome, isso me dói o tempo todo. E essa consolidação da R$ 290 bilhões", afirmou.

Ele explicou que uma das fontes de financiamento do programa vai ser a taxação dos "super-rico"s.

"Eu vou agregar um tributo sobre grandes fortunas, apenas e tão somente sobre os patrimônios superiores a R$ 20 milhões. Entenda bem: só 58 mil brasileiros têm um patrimônio superior a R$ 20 milhões", explicou.


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