O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial na tarde deste domingo (1°) de um grupo chamado de "povo brasileiro", representado por uma criança, um indígena, um negro, uma mulher, entre outros. A escolha foi feita pela própria direção do Partido dos Trabalhadores após o ex-chefe do Executivo federal Jair Bolsonaro (PL) se recusar a passar a faixa.
O petista e o vice Geraldo Alckmin (PSB) chegaram ao Palácio do Planalto por volta das 16h20, após serem empossados, recebendo aplausos de apoiadores que viajaram a Brasília para acompanhar a cerimônia de posse.
Lula subiu a rampa pela terceira vez e foi recepcionado por um grupo de pessoas. Ele colocou a faixa presidencial e acenou para o público, se locomovendo na sequência para a área interna do Palácio do Planalto para conversar com jornalistas e lideranças políticas.
Às 18h, Lula se reunirá com chefes de estados e autoridades para um jantar. Na sequência, o petista acompanhará os shows que ocorrerão nos palcos Elza Soares e Gal Costa no Festival do Futuro.
Bolsonaro não quis passar a faixa
Após ser derrotado, Bolsonaro avisou para aliados que não passaria a faixa presidencial a Lula. Porém, pessoas próximas tentaram convencê-lo a participar do evento para mostrar comprometimento com a democracia brasileira e respeito ao processo eleitoral.
Ao longo de dois meses, o ex-presidente fez suspense sobre o assunto. No entanto, na última sexta-feira (30), ele realizou uma live para os seus apoiadores e, poucas horas depois, embarcou para os Estados Unidos.
Hamilton Mourão foi questionado se passaria a faixa presidencial, mas o ex-vice-presidente declarou que a obrigação era de Bolsonaro e que também não estaria presente na posse.
Por causa disso, a equipe de Lula começou a pensar em uma alternativa para realizar a cerimônia. Uma das ideias foi convidar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ou Arthur Lira (PP-AL) para entregar a faixa. Outra sugestão dada foi que o rito fosse realizado por Dilma Rousseff (PT).
Porém, prevaleceu a preferência da primeira-dama Janja. Ela defendeu internamente que seria fundamental mostrar aos brasileiros que o governo estará ao lado do povo pelos próximos quatro anos.