Os Estados Unidos comunicaram que têm intenção de dialogar com o Congresso norte-americano para enviar recursos para projetos para a Amazônia , incluindo o Fundo Amazônia . O posicionamento ocorreu em conjunto entre os governos estadunidense e brasileiro na noite desta sexta-feira (10) após encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Joe Biden (Democratas).
"Os Estados Unidos anunciaram sua intenção de trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, incluindo apoio inicial ao Fundo Amazônia, e para alavancar investimentos nessa região muito importante", diz trecho do documento divulgado pelo Itamaraty.
Lula viajou para os Estados Unidos para falar de diversos temas, no entanto, daria como prioridade a discussão sobre o meio ambiente e a mudança climática. O petista e Biden discutiram a conservação e o combate ao desmatamento na floresta. Apesar do comunicado, os dois países não disseram os valores.
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e recebeu ao longo da sua trajetória R$ 3,3 bilhões em doações. Porém, o programa não angaria fundos desde 2019 por conta dos problemas da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Durante 10 anos, o fundo recebeu dinheiro da Noruega, da Alemanha, da Petrobras e de outras empresas nacionais.
Com o retorno de Lula ao poder, o chanceler alemão, Olaf Scholz afirmou que o governo da Alemanha destinará 203 milhões de euros para ações na Amazônia, sendo que 35 milhões vão direto para o fundo. O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eidea, que o país ajudará na reestruturação do projeto.
Lula tinha sinalizado o desejo de ter os EUA ajudando o Fundo Amazônia
Questionado sobre a entrada dos EUA no Fundo Amazônia, Lula sorriu e disse "eu acho que vão". De acordo com ele, Biden está convencido da necessidade de auxiliar países com grandes reservas florestais a preservar estes espaços.
"Não só eu acho que vão, como é necessário que participem. Porque o Brasil não quer transformar a Amazônia num santuário da humanidade, mas o Brasil também não quer abrir mão de que a Amazônia é um território do qual o Brasil é soberano", disse o chefe do Executivo brasileiro antes da nota.
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