O inquérito que investiga um suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação durante a pandemia da Covid-19 ouve nesta terça-feira (16) o ex-presidente da República Jair Bolsonaro. O político deve depor na sede da Polícia Federal, em Brasília. Provas identificadas pela PF apontam que Bolsonaro, a filha, Mauro Cid e familiares do ex-ajudante de ordens do político teriam se beneficiado com a fraude.
A PF quer saber se o ex-mandatário tinha conhecimento sobre o suposto esquema e se a ordem para que Cid burlasse o sistema do Ministério da Saúde teria partido dele. Dados sobre a vacinação contra Covid-19 foram inseridos e depois retirados do ConecteSUS.
Operação da PF
A Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente, em três de maio, em Brasília. O objetivo da operação era encontrar provas do envolvimento de Bolsonaro no esquema. Um celular do ex-presidente foi apreendido.
No mesmo dia, o político reafirmou não ter se vacinado contra a Covid-19 e que não ouve asdulterações do cartão de vacina da filha, Laura.
Bolsonaro também se negou a prestar esclarecimentos à PF por meio de um depoimento no dia da operação. Ele alegou que a sua defesa precisava ter acesso à investigação antes de qualquer coisa. Por conta disso, o depoimento dele foi marcado para esta terça (16).
Terceiro depoimento desde a chegada dos EUA
Bolsonaro depõe pela terceira vez à PF desde que retornou dos Estados Unidos, para onde viajou em dezembro de 2022, após perder as eleições para o atual mandatário do país, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-presidente foi ouvido nos inquéritos que investigam os atos antdemocráticos de 8 de janeiro e sobre o caso das joias milionários apreendidas pela Receita Federal.