PL lidera lista

Conselho de Ética da Câmara abre 7 processos para apurar quebra de decoro

PL lidera lista com 4 deputados na mira do colegiado.

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Leur Lomanto Júnior sorteia nomes para relatar processos no Conselho de Ética - Myke Sena / Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias

O Conselho de Ética da Câmara instaurou nesta terça-feira (30) sete processos para apurar quebra de decoro parlamentar de deputados em episódios que envolvem acusações de transfobia, importunação sexual, ameaça e até agressão durante reuniões na Casa.

O presidente do conselho, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), sorteou uma lista com três nomes de possíveis relatores para cada um dos casos.

Os processos instaurados nesta terça vão apurar a conduta de:

Nikolas Ferreira (PL-MG)

O parlamentar mineiro utilizou uma peruca e fez um discurso transfóbico no dia das mulheres. O processo foi aberto pelos partidos PSOL, PDT, PSB, PCdoB e PT, que pedem a cassação do mandato do congressista.

Carla Zambelli (PL-SP)

A deputada é acusada pelo PSB de xingar o parlamentar Duarte Junior durante a sessão em que o ministro Flávio Dino estava presente. a legenda pede a cassação do mandato.

Márcio Jerry (PCdoB-MA)

O PL pediu que o Conselho analisasse a postura do deputado após ele cochichar no ouvido da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que foi considerado como assédio pela legenda.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

O PT pede que sejam tomadas as medidas cabíveis na briga entre o parlamentar e Marcon (PT-RS), após o petista insinuar que a facada levada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro foi falsa.

José Medeiros (PL-MT)

O PT acusa o parlamentar de ter agredido Miguel Angelo (PT-MG), quando o petista tentava apaziguar uma discussão entre Medeiros e a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Juliana Cardoso (PT-SP)

A ação foi um pedido do PP, que afirma que aparlamentar quebrou o decoro ao gritar "barbárie", além de afirmar que os colegas que teriam votado no PL do Marco Temporal eram "assassinos".

Talíria Petrone (PSOL-RJ)

A parlamentar elencou os processos abertos contra Ricardo Salles (PL-SP), durante uma reunião da CPI do MST. Salles é o relator da Comissão, e a legenda considerou quebra de decoro a ação da deputada.

Como funciona?

Os processos abertos nesta terça-feira (30) não necessáriamente serão levados até o fim. Após o sorteio da relatoria, os episódios serão votados pelo colegiado. Os relatores podem seguir com os casos, ou optarem pelo arquivamento após uma análise feita em até 10 dias. A palavra final é do Conselho.

As investigações duram até 90 dias, com recurso à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. É necessário também uma votação em plenário, que definirá a punição.


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