O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) criticou a Polícia Federal por indeferir o pedido de renovação de seu porte de arma. Segundo uma reportagem da TV Globo, a direção da instituição no Rio de Janeiro considerou que não foram comprovadas ameaças ou riscos ao parlamentar para justificar a concessão do porte.
A emissora afirma que Carlos teria uma pistola Glock 9 mm e entrou com o requerimento de renovação na PF no dia 4 de julho, alegando "efetiva necessidade" e integridade física ameaçada por conta de seu cargo na Câmara do Rio.
Após a divulgação da reportagem, Carlos compartilhou uma postagem de uma seguidora no Twitter contra a decisão da PF. O vereador negou que tenha uma Glock 9 mm e criticou o vazamento do processo de renovação do porte de arma, que corria sob sigilo. "Tudo foi redondamente orquestrado diante de mais um processo que corria sob sigilo! É cristalina a intenção do ato!", disse, sem dar mais detalhes.
Ele também mencionou ameaças por ser filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, relembrou o atentado à faca sofrido por seu pai, criticou a negativa do governo federal em disponibilizar carros blindados para uso do ex-presidente e fez uma conexão com à negativa da PF em renovar seu porte de arma.
Na negativa, a polícia declarou que a documentação apresentada pelo vereador não foi suficiente para comprovar efetiva necessidade ou riscos. Ele pode recorrer da decisão.
Nesta sexta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que alterou a política de armas e acabou com a flexibilização feita no governo de Bolsonaro. A medida reduziu o limite de armas e munições permitidas para civis e caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e proibiu clubes de tiro de funcionarem 24 horas por dia.