CASO CIGANA HYARA

Polícia conclui que adolescente foi morta por criança de 9 anos durante brincadeira

Polícia Civil da Bahia conclui inquérito sobre morte de adolescente. Mãe da criança que disparou arma vai responder por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo.

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Cigana Hyara Flor Santos Alves - Foto: Reprodução redes Sociais

A Polícia Civil da Bahia, por meio da Delegacia Territorial (DT), do município de Guaratinga, com o apoio da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis) finalizou o inquérito policial sobre a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, que aconteceu em julho deste ano em uma comunidade cigana, na cidade de Guarantinga, no sul da Bahia. O caso foi concluído e encaminhado para a Justiça, na quinta-feira (10). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) pela PC.

De acordo com a investigação, o tiro que matou a adolescente foi disparado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, quando a criança, de nove anos, e Hyara brincavam com a arma no quarto dela.

Essa versão já havia sido apontada pelo pai do "marido" e do cunhado de Hyara. Mas era contestada pela família da garota, que apontava que o crime teria ocorrido por vingança, já que um tio de Hyara teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da cigana.

Homicídio culposo

A sogra de Hyara Flor foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela.

Ainda segundo a Polícia Civil foram analisados laudos periciais, e 16 pessoas foram ouvidas, entre elas, duas crianças que prestaram depoimento especial com a presença de promotor de Justiça da Promotoria da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia.

Também foram analisadas imagens de câmera de vigilância do endereço do fato, documentos e mensagens de celular e redes sociais, além de apurações em campo.

O adolescente, ex-companheiro da vítima, apreendido no Espírito Santo, foi ouvido por meio de vídeo conferência pela juíza da comarca de Guaratinga. De acordo com a Polícia Civil, a permanência na internação socioeducativa será definida pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário.

O advogado Homero Mafra, que responde pela defesa do adolescente apreendido, disse que o inquérito confirma a versão que era apontada pela família do jovem desde o começo das investigações. Ainda segundo ele, a defesa espera que o adolescente de 14 anos seja liberado o mais breve possível.

O inquérito ainda indiciou um tio de Hyara Flor por disparo de arma de fogo. Os tiros teriam sido disparados contra a residência do casal de adolescentes, após a morte da jovem.


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