FATO NOVO

Caso Hyara Flor: Após perícia particular, MP-BA pede novas apurações sobre laudo médico

Laudo apresentado pelo perito contratado pela família concluiu que o tiro que matou a adolescente não pode ter sido disparado por uma criança de 9 anos.

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Cigana Hyara Flor, de 14 anos, que foi morta com um tiro em Guaratinga, no extremo sul da Bahia -Foto: Reprodução

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitou novas apurações sobre o caso da cigana Hyara Flor, de 14 anos, que foi morta com um tiro em Guaratinga, no extremo sul da Bahia. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (21).

De acordo com o G1, o Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT-BA) afirmou que a Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Porto Seguro recebeu um ofício do MP-BA com perguntas complementares sobre o laudo médico da adolescente.

Na versão apresentada pela Polícia Civil, emitida em agosto, concluiu que o tiro que matou a vítima foi feito de forma acidental pelo cunhado dela, uma criança de nove anos, enquanto os dois brincavam com uma pistola calibre 380.

No entanto, o laudo do perito Eduardo LIanos, profissional de São Paulo, com 30 anos de experiência na área, concluiu que o tiro não pode ter sido disparado por uma criança de 9 anos.

Segundo o DPT, as respostas serão enviadas ao Ministério Público assim que o trabalho for concluído, sem informar previsão nem conteúdo das perguntas.

Contestação

O perito contratado pela família de Hyara relatou que o principal ponto observado é a diferença de altura da vítima e do cunhado. Na ação, obrigaria a criança a realizar um disparo de baixo para cima, que segundo ele, permitiria a presença de uma "zona de tatuagem" em grande parte do pescoço, em torno do ferimento. De acordo com o documento acessado pelo g1, o perito da Polícia Civil concluiu apenas a zona de tatuagem apenas na região abaixo da cabeça.

Além disso, indicam insuficiências de outras provas, como a trajetória e trajeto balístico; resposta às perícias de DNA e digitais na arma; reprodução Simulada; perícia do aparelho telefônico da vítima, e a constatação da exata vertebra cervical onde ficou alojado o projétil.

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