O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal prenda o ex-deputado Roberto Jefferson após a veiculação de novos vídeos com ataques ao processo eleitoral e a ministros do Tribunal Superior Eleitoral (PF).
Neste domingo, Jefferson divulgou vídeos nos quais afirma ter trocado tiros com a PF durante a tentativa de prisão. Fontes que acompanham o caso confirmaram a ocorrência. Dois policiais ficaram feridos na ação: uma agente foi alvejada de raspão na cabeça e na perna. Já o Delegado Marcelo Vilela foi atingido por estilhaços na cabeça. Ambos foram encaminhados ao hospital, e os exames detectaram que os ferimentos foram sem gravidade.
Segundo apurou o O GLOBO, o setor de inteligência da PF detectou informações de que Jefferson iria esperar até terça-feira, prazo limite para prisões em flagrante, para tentar tumultuar o processo eleitoral.
Vídeos divulgados por sua defesa mostram agentes em frente à residência, em Levy Gasparian, sendo filmados pela câmara de segurança. Ao fundo, o parlamentar diz que eles estavam ali para prendê-lo. Em uma segunda imagem, uma viatura da corporação aparece com os vidros atingidos. A troca de tiros, porém, não é exibida.
Na sexta-feira 21, o ex-deputado federal publicou um vídeo no qual ataca a ministra da Corte Eleitoral, Cármen Lúcia.
Após a divulgação, o Supremo Tribunal Federal recebeu uma série de pedidos para revogar a prisões domiciliar de Roberto Jefferson.
Ele estava impedido de usar as redes sociais por decisão do STF, mas utilizou os perfis da sua filha para publicar o vídeo.
Segundo apurou a jornalista Natuza Nery, da Globo News, o ex-deputado atirou contra os agentes com um fuzil e uma granada, ferindo dois, um homem e uma mulher. A operação para prender Jefferson segue em andamento.