Pedrão cancelado

Tradicional festa de São Pedro de Eunápolis é cancelada pela prefeitura

A última vez que a festa foi realizada, em 2022, o evento injetou cerca de R$ 50 milhões na economia local, além de ter aquecido o comércio com a circulação de turistas.

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Pedrão é cancelado pela prefeitura de Eunápolis - Foto: Reprodução

Na última segunda-feira (13), a prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (União), convocou uma coletiva de imprensa em seu gabinete para comunicar o cancelamento do "Pedrão", tradicional festa de São Pedro do município.

Segundo a prefeita, a decisão foi tomada devido ao cenário econômico da cidade. "A gente não faz o que quer, a gente faz o que precisa ser feito. Minha vontade era realizar uma grande festa, mas precisamos ter responsabilidade com nosso município e não agir como outras gestões agiram," afirmou durante encontro com a imprensa.

Cordélia afirmou que o evento custaria cerca de R$ 8 milhões aos cofres públicos e já tinha algumas atrações definidas. Porém, após recomendação do Tribunal de Contas, o plano do município é evitar grandes gastos com eventos festivos e agir com responsabilidade fiscal para buscar o equilíbrio das contas públicas.

Neste ano, caso fosse realizada, a festa já contaria com uma grande dificuldade. Uma ação civil pública foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) para proibir a realização de eventos em rodovias federais, em especial no trecho da BR-367, onde o "Pedrão" é tradicionalmente realizado, sob pena de multa, no valor de R$ 10 milhões por dia, em caso de descumprimento.

A ação foi movida devido aos transtornos causado ao trânsito durante a realização do evento, além do aumento no número de ocorrências de acidentes. Na época, o município defendeu a realização da festa, afirmando que é patrimônio cultural do município, o maior evento junino do extremo sul da Bahia, fonte de renda e geração de emprego.

A última vez que a festa foi realizada, em 2022, o evento injetou cerca de R$ 50 milhões na economia local, além de ter aquecido o comércio com a circulação de turistas. Em 2023, a festa foi adiada devido à situação de emergência provocada pelas chuvas de novembro e dezembro de 2022.

Em 2022, o Ministério Público da Bahia chegou a pedir a suspensão do evento pelo gasto ter excedido a lei orçamentária anual do município. Foram gastos R$ 7 milhões, R$ 4 milhões a mais do que o estipulado. O evento foi mantido após decisão judicial.

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